sábado, 11 de fevereiro de 2012

Memória: Repórter Eco completa 20 anos

Por Sucena Shkrada Resk (Blog Cidadãos do Mundo)

  Cada história completa a experiência de alguém neste planeta. De uma forma indireta, os 20 anos do Repórter Eco, completados neste mês, se integram de maneira fragmentada, às minhas próprias memórias. Em 1992, recém-saída do curso de jornalismo da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), eu participava do 1º Curso de Telejornalismo da TV Cultura, na sede da emissora, na rua Cenno Sbrighi, na Lapa...

  Conheci à época, profissionais que começavam a tecer o repertório educomunicativo do jornalismo ambiental televiso, entretanto, não tinha a dimensão do que isso realmente significava. Fui ter essa perspectiva, ao me engajar nessa seara, muitos anos depois, mais precisamente a partir de 2008, de forma contínua (no jornalismo ambiental impresso e on line), quando também descobri que tinha na veia, essa proposta profissional e de vida (sem saber), com a vivência de repórter de cidades...

  Voltando no tempo...Era o ano da Eco92 ou da Cúpula da Terra, em que centenas de militantes clamariam quatro meses depois, pela qualidade de vida no mundo e, em especial, em manifestações no Rio de Janeiro. O Repórter Eco nasceu, no período dessa efervescência militante e com um caráter muito interessante, que tenho condição de falar de forma amadurecida hoje: transmitir a pauta socioambiental, de uma maneira didática, o que infere o reconhecimento dos esforços de todas as pessoas que passaram por lá, em frente e por detrás das câmeras. Com o passar dos anos, soube dar mais valor a esse empenho.

  Ao olhar lá para trás e para o hoje, o que é possível refletir? O senso ético e batalhador que envolve a prática da comunicação socioambiental; pois fazer cada programa, com certeza, exige muito esforço, redobrado no contexto de uma TV Educativa e pública, em que os apoios (financeiros) não são iguais ao de uma TV comercial. Vou mais além: um esforço de equipe, pois as reportagens não sensibilizarão o telespectador, se não houver o entrosamento desse grupo. Isso não quer dizer somente no âmbito “técnico”, mas quanto a princípios e ideais. E se esses últimos morrerem, não há mais sentido...Perde o diferencial.

  Alguns nomes ficaram mais conhecidos na história do Repórter Eco, como de Maria Zulmira e Washington Novaes, de forma merecida. Mas muitos outros profissionais são responsáveis por essa construção. Pesquisei esses nomes:

  Alexandro Forte, Camila Doretto, Claudia Tavares, Erinaldo Silva, Flávia Lippi, Isabella Chedid, Lúcia Soares, Maria Flor Calil, Márcia Bongiovanni, Mylene Parisi, Paula Piccin, Pati Ioco, Vera Diegoli eTeresa Cristina de Barros (alguns colegas, tive oportunidade de conhecer pessoalmente no ontem e no hoje), mas sei que muitos não menciono aqui devidamente (cabos man, câmeras, pauteiros, motoristas...), mas se sintam reconhecidos.

  Agora, vem a Rio+20 e todas as implicações após a conferência, pois a vida continua neste planeta; um desafio e tanto para trazer novas leituras e contextualizações para a cobertura das repercussões desse evento, como da Cúpula dos Povos. Desejo que todos os profissionais, que fazem parte do Repórter Eco, continuem com a ânsia por um mundo melhor, por trás de cada minuto da fase bruta e da editada dos programas; enxergando no ribeirinho e em personalidades, como o socioeconomista Ignacy Sachs, o mesmo valor de contribuição a todos nós, por meio de suas experiências. Feliz aniversário!

  Veja também no Blog Cidadãos do Mundo:

07/02/2012 18:03 Memória: Os bastidores da Ecoagência

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