segunda-feira, 30 de abril de 2012

Rumo à Rio+20: Um olhar sobre Perito Moreno



Por Sucena Shkrada Resk (Blog Cidadãos do Mundo)
#RumoàRioMais20 & MudançasClimáticas - Registrei essa imagem do Glacial Perito Moreno, no Parque Nacional Los Glaciares, na Patagônia Argentina, no último dia 17 de abril. O gigante de gelo dos Andes vem sofrendo transformações gradativas e grandes calotas começaram a se desprender do maciço, a partir de março deste ano, depois de um longo período de tempo. As ocorrências anteriores foram registradas oficialmente em 1988, 2004, 2006 e 2008.

Esse patrimônio da humanidade, com 60 m de altura e 200km2 de extensão é um exemplo "vivo" do quanto é importante termos um olhar voltado à conservação do planeta. Ele ainda permanece em sua maior parte estável, mas até quando?

sábado, 21 de abril de 2012

A RELAÇÃO MÍDIA E MEIO AMBIENTE É UMA DAS PAUTAS DE EVENTO NO RS

A RELAÇÃO MÍDIA E MEIO AMBIENTE É UMA DAS PAUTAS DE EVENTO NO RS
Por Ivan Ruela
Prêmio Global 500 da ONU, Vilmar estará em Bento Gonçalves 
As questões ambientais vêm ganhando cada vez mais força em diversos segmentos. A necessidade da busca de informações e discussões desta temática e a sua disseminação recebe dia a dia, mais espaço na mídia.
A FIEMA, Feira Internacional de Meio Ambiente de Bento Gonçalves e o portal Jornalismo Ambiental promovem no próximo dia 25 de Abril o  1° Fórum de Jornalismo Ambiental, organizado simultaneamente nesta feira. Serão debatidos três temas. Sustentabilidade e Meio Ambiente em Pauta – possibilidades, abordagens e desajustes, O Jornalismo Ambiental virtual – a cobertura feita nas mídias sociais, sites e blogs e Rio + 20 – como o tema está sendo tratado e como chegará à população.
Estão Confirmadas as presenças de Ricardo Voltolini, da empresa Ideia Sustentável, Alan Dubner, consultor em Comunicação Interativa, especializado em Mídia Social, integrante do portal Jornalismo Ambiental e Paulina Chamorro, gerente de Meio Ambiente do grupo Estadão e apresentadora das rádios Eldorado e Estadão ESPN. Henrique Camargo, editor do Mercado Ético, Reinaldo Canto, do portal Envolverde, especialista em Sustentabilidade, Cláudia Piche, do Ideia Sustentável, e Vilmar Berna, fundador da Rede Brasileira de Informação Ambiental (REBIA), e editor do Portal e da Revista do Meio Ambiente, também reforçarão as mesas deste encontro.
Com entrada franca, o Fórum de Jornalismo Ambiental acontece a partir das 15h30min. Confirmações de presença podem ser encaminhadas pelo e-mail imprensa1@fiema.com.br, ou pelo telefone (54) 3055.3979, com a assessoria de imprensa. O cadastramento antecipado para entrada na feira pode ser feito pelo site www.fiema.com.br. A realização é do grupo nacional Jornalismo Ambiental (www.jornalismoambiental.com) e de Fiema Brasil. Patrocínio de Fundação FAT e FAT Vitae.
*Moderador nacional da REBIA
Editor do Blog http://eicaambiental.blogspot.com

domingo, 8 de abril de 2012

Especial Educom: Ismar Soares e a educomunicação na academia e fora de seus muros



Por Sucena Shkrada Resk (Blog Cidadãos do Mundo)

O professor Ismar de Oliveira Soares, mestre e doutor em Ciências da Comunicação, durante bate-papo com o Blog Cidadãos do Mundo, fala sobre as recém-criadas licenciatura em educomunicação e especialização na Universidade de São Paulo (USP), das quais é coordenador, e do panorama da formação na área no Brasil. Desde 1996, desenvolve ações voltadas à difusão dessa área do conhecimento, no Núcleo de Comunicação e Educação da Escola de Comunicações e Artes (NCE/ECA/USP). A conversa aconteceu, durante o Encontro Paralelo de Educomunicação, no VII Fórum Brasileiro de Educação Ambiental, em 28 de março, na cidade de Salvador.

Blog Cidadãos do Mundo
– Como ocorreu o processo que levou à decisão de se constituir o curso de licenciatura em educomunicação na USP?

Ismar de Oliveira Soares
– A criação da licenciatura foi resultado de um trabalho que a própria universidade construiu, desde o início dos anos 90 até recentemente. Entre 1989 e 1991, realizamos o primeiro curso de especialização em educação e comunicação, e a partir de então, começamos a desenvolver alguns programas, como da criação da revista do segmento e do curso de gestão de processos comunicacionais. Formamos 30 turmas e somado a isso, algumas pesquisas do universo imaginário, de quem trabalhava a relação de educação e comunicação, de uma forma alternativa à já constituída nos sistemas tradicionais. E com a identificação da educomunicação como uma prática social bem definida, em termos teóricos e mercadológicos, coube ao próprio NCE/ECA/USP, o diálogo com a sociedade e com o poder público, que resultou em cursos que atenderam a cerca de 30 mil pessoas, entre 2000 e 2010. Tudo isso levou a universidade a refletir sobre sua posição de trazer a discussão para a graduação.
Com isso, reconhece que existe um saber profissional a ser compartilhado, porque a graduação existe em função de saberes e práticas de atendimento às necessidades da população.

Blog Cidadãos do Mundo
– Qual é o objetivo deste curso e o que ele agregará ao profissional que se formar nele?

Ismar de Oliveira Soares
- A educomunicação foi reconhecida pela USP como campo de interface entre a educação e comunicação. Ao criar a graduação, inicialmente, desenhamos um perfil de curso para bacharelado, em que o especialista trabalharia como contratado, consultor na interface na mídia no terceiro setor e na própria assessoria de escolas. No entanto, entendemos que o bacharel tem dificuldade de entrar no espaço escolar, que é aberto ao licenciado. Identificamos, que a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), nos parâmetros curriculares, especialmente no ensino médio, identificava a comunicação como área de interesse para 25% de sua grade curricular . Entretanto, ninguém preparava o profissional para assumir esse papel. O próprio Ministério da Educação, com a divulgação desse coeficiente comunicativo, tratava isso como informática educativa. Não entendia a dimensão da própria legislação. A falta desse profissional foi sentida a partir dos anos 90. Então, a graduação assumiu a figura de licenciatura híbrida, neste curso. Forma o professor para dar aula em escolas de ensino médio, como também, o consultor da mídia e do terceiro setor. Já estamos na segunda turma de iniciantes no curso.

Blog Cidadãos do Mundo
– Há outros cursos universitários na área de educomunicação no Brasil?

Ismar de Oliveira Soares
– Existe um bacharelado na Universidade Federal de Campina Grande, na PB, que futuramente deverá agregar a licenciatura. Foi iniciada simultaneamente à licenciatura da USP. Há um terceiro curso em formação, já em fase de contratação de professores, na Universidade Estadual de Santa Catarina. Lá está sendo criado um curso à distância de Educomunicação. É uma proposta muita inovadora. Existe um vínculo entre essas propostas e a nossa. A Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) de Assis também anunciou que criará uma licenciatura na área.

Veja a íntegra em http://www.cidadaodomundo.blog-se.com.br .

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Especial Educom 2012: Grácia Lopes Lima fala dos objetivos do Cala-Boca Já Morreu

06/04/2012 16:08
Por Sucena Shkrada Resk (Blog Cidadãos do Mundo)

Durante o Encontro Paralelo de Educomunicação, no VII Fórum Brasileiro de Educação Ambiental, no último dia 28 de março, Grácia Lopes Lima, doutora em Educação e mestre em Ciências da Comunicação, concedeu entrevista ao Blog Cidadãos do Mundo, momento em que falou de seu olhar sobre o processo educomunicativo e os objetivos do projeto Cala-Boca Já Morreu, que teve seus primeiros passos a partir dos anos 90.
Blog Cidadãos do Mundo – Grácia, como você define a educomunicação?
Grácia Lopes Lima – Eu traduzo a educomunicação como o sinônimo de uma coisa muito simples, no meu entender, que é educação pelos meios de comunicação, ou seja, usar os meios de comunicação social (rádio, vídeo, internet), que atinge um público incontável para promover uma educação diferente daquela que a gente sempre recebeu essencialmente pela via escolar. Essa é para aprender a obedecer e se enquadrar, a ser objeto e não sujeito. É chamada de tradicional ou tecnicista. Isso quer dizer, que por muitas vezes, pensa-se em se produzir...produzir de forma fabril, em que há alguém que manda e outro que obedece. Por outro lado, diferente dessa, há a educação que queremos produzir pelos mesmos meios de comunicação, voltada ao fortalecimento do indivíduo e não ao “empoderamento” (termo muito utilizado nesta área).
Blog Cidadãos do Mundo – Qual é a diferença entre o fortalecimento e o empoderamento, na sua avaliação?
Grácia Lopes Lima – Há uma diferença brutal. O empoderamento é uma palavra que vem do inglês, que tem muito a ver com o desenvolvimento do individualismo – ‘eu sou um vencedor, invencível, então, eu me supero e fui escolhido como um cromossoma que venceu’ – e leva a querer ser mais que os outros. Já o fortalecimento propõe o desenvolvimento do indivíduo, que nasce completo e não pela metade, que junto com os outros no grupo segue essa proposta conjunta continuamente até ‘morrer’. Então, educomunicação é educar para essas questões – como recuperar o que me caracterizou como ser humano? Essa educação nos faz lembrar que nascemos para ser independentes da mãe e de qualquer outra pessoa, capazes de criar e sermos responsáveis por nós mesmos. Isso é um processo para a vida inteira, que não é possível se fazer sozinho, mas sempre junto com os outros. Em resumo, educomunicação é uma prática política de intervenção social, fazendo com que as pessoas recuperem o que nos caracteriza como seres humanos.